quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Entrevista com Vasco Faísca - #1


Vasco Faísca é um jogador português de 32 anos, que representa actualmente o Ascoli, da Serie B, tendo passagens pelo Padova e Vicenza. Já foi campeão europeu de sub-18 por Portugal e é agora peça fundamental no esquema do Ascoli. Quer saber mais sobre Vasco Faísca? Então leia a entrevista abaixo! 
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Calcio Tattico: Para si, qual é que foi o ponto alto da sua carreira (individualmente e colectivamente)?
Vasco Faísca: O ponto mais alto da minha carreira quer seja individualmente, quer seja colectivamente foi ter sido campeão europeu de sub-18 por Portugal. Foi uma grande satisfação e foi determinante ao abrir-me as portas do futebol italiano. 
CT: Já é um conhecedor do Calcio, tendo já passado por 3 clubes (Vicenza, Padova e agora, Ascoli). Qual é a principal diferença entre o futebol italiano e o português?
VF: Penso que a maior diferença entre o futebol português e o italiano seja o grande rigor táctico, sobretudo na fase defensiva, exigido pelos treinadores italianos e também, muito importante mas menos visível ao público em geral, a metodologia de treinos efectuada em Itália é bastante diferente daquela usada em Portugal, isto sempre de forma muito generalizada visto que depois cada treinador coloca o seu cunho pessoal. 
CT: Neste momento o Ascoli ocupa a 11ª posição da Serie B. Um lugar dentro dos objectivos do clube?
VF: Sim, a nossa classificação está dentro daquele que é o objectivo do clube, uma manutenção tranquila. 
CT: Como defesa-central, já teve de marcar centenas de jogadores. Qual foi aquele que lhe provocou mais dificuldades?
VF: É difícil escolher um, mas para me manter no Calcio digo Di Natale e Luca Toni. 
CT: Qual foi o treinador com quem teve mais prazer de trabalhar?
VF: Em Portugal, Carlos Pereira no futebol juvenil do Sporting e Nelo Vingada na Académica. Em Itália, Giuseppe Iachini e Fabrizio Castori.
CT: Sente que o seu trabalho não é devidamente reconhecido em Portugal?
VF: Penso que o meu trabalho seja pouco reconhecido em Portugal, mas percebo que jogando na Serie B seja difícil que chegue muita coisa a Portugal, nomeadamente através da comunicação social.
CT: Sendo uma peça importante no Ascoli, sente-se devidamente acarinhado pelos adeptos?
VF: Sim, sinto-me um dos jogadores mais importantes do plantel e sou sem dúvida muito acarinhado pelos adeptos e pela cidade de Ascoli Piceno.
CT: Já trabalhou com uma lenda do futebol italiano, Luca Toni. Que impressões tem dele?
VF: As impressões são muito positivas porque como jogador não dou novidade nenhuma ao dizer que ele foi e continua a ser um grande jogador, mas é também um bom rapaz e um bom profissional.
CT: Após tantos anos em Itália, acha que houve alguma regressão no Calcio após os tempos áureos vividos nas duas décadas anteriores?
VF: Houve, sem dúvida nenhuma, uma regressão no Calcio, sobretudo a nível económico, o que contribuiu para o afastamento de grandes jogadores que aumentavam a qualidade técnica e a visibilidade deste campeonato.
CT: E por fim, quem acha que se irá sagrar campeão da Serie A e da Serie B?
VF: Na Serie A penso que seja a Juventus e na Serie B o Sassuolo. 
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E muito obrigado ao Vasco por nos ter concedido esta entrevista. É, sem dúvida, uma grande honra!

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