sexta-feira, 26 de outubro de 2012

AC Milan: a crise do gigante


Três derrotas consecutivas é o cenário que apresenta o pior Milan das últimas décadas. A squadra rossonera já não ganha desde o dia 3 de Outubro, quando derrotou o milionário Zenit por 2-3. 

A turma de Massimiliano Allegri tem-se mostrado inócua perante os seus adversários, apesar de contar com jogadores de extrema qualidade no seu plantel. No último jogo, os italianos apresentaram-se no La Rosaleda com um 4-3-3 e com o seguinte 11 inicial: 

Amelia; Bonera, Mexès, Acerbi, De Sciglio; Montolivo, Ambrosini, Constant; Emanuelson, Pazzini e El Shaarawy.

Uma defesa bem-composta, apesar da entrada de Francesco Acerbi para a titularidade em detrimento de Antonini, um meio-campo dotado de uma grande experiência e irreverência e um ataque soberbo com dois extremos seteados ao ataque e o sempre perigoso Pazzini como homem mais avançado no terreno.

Na antevisão a este jogo, Ambrosini frisou de que se tratava de "um momento duro" e de que um recomeço era indispensável. Ideias novas, fantasia, imaginação e rigor tático precisam-se na equipa. A última vez que os rossoneri passaram por algo parecido foi na época de 1981/1982 onde apenas conquistaram 6 pontos nas oito primeiras jornadas da Serie A. Esse mau início levou ao despedimento do treinador na altura (Gigi Radice). Ora, em 2012/2013, completas as mesmas oito jornadas, o Milan leva agora 7 pontos, os mesmos que o Pescara, o primeiro clube em zona de descida.

A lástima em que se encontra este clube é uma incógnita para cada adepto do futebol. Terá sido devido à perda de Thiago Silva e Ibrahimovic, que eram dois elementos-chave, para o Paris Saint Germain? Será algum factor que não seja conhecido no exterior? Será preciso alijar o balneário? A carestia de alguns atletas do plantel terá de ser rebaixada, pois jogadores descontentes com a forma em que o clube se encontra, é sempre pior do que ganhar algum dinheiro com a sua venda. Já em Janeiro, poderemos ver algumas saídas do clube, caso nada melhore até ao início do mercado de Inverno. 

Indignados estão os adeptos, que demonstram o seu desagrado e tentam ao mesmo tempo perceber a fundura vernácula deste mau momento do clube. Apesar da preocupação dos homens fortes dos rossoneros, ainda não foram tomadas as medidas drásticas necessárias, o que demonstra uma frieza bárbara dos mesmos. Todos os rancores contra os dirigentes e presidente não serão escondidos e têm de ser esses mesmos rancores guardados pelos adeptos, que têm dar o clic para a racionalidade de toda equipa técnica, plantel e, principalmente, de Adriano Galliani.

A tristeza que se acumula no coração de um adepto do bom futebol por ver esta curta distância a que se encontram os italianos do precipício é enorme. Aquele paradigma de um Milan que luta pelo título e de um Milan que causa sempre calafrios a outros grandes nomes do futebol europeu não será cumprido este ano, pelo menos nesta primeira metade da época.

Será que o orgulho ferido irá ajudar os rossoneros a tomarem um novo rumo esta época?

Sem comentários:

Enviar um comentário